Wednesday, June 14, 2023

AS CRIANÇAS E O VENTO

Só se entende a natureza quando a percorremos e dela fazemos parte integrante, dizia Henry Thoreau em Walden ou a Vida nos Bosques, a propósito da sensação de liberdade que um passeio ao ar livre, pelos bosques, pode trazer ao caminhante.  É delicioso quando o corpo é um só sentido e aspira deleite através de cada poro, (Thoreau, 1999: 149). Essa estranha liberdade cria afinidade com as folhas esvoaçantes, que cortam a respiração, sobretudo quando o vento sopra e ruge, levanta as folhas e faz alertas: uma espécie de sentinela da terra, previne o coelho para que fuja da raposa e alerta as crianças para a velocidade e a leveza, incentivando-as a correr atrás das folhas e a brincar com elas, no espaço. O espaço porque fundamental para o ser humano em geral, e em particular para as crianças, é um indicador do que se pode fazer. Quando não se tem bosque, não se viaja? Imagina-se?

 Maria José Araújo e Hugo Monteiro

Artigo disponivel aqui

 

Apresentação do livro : O Direito das Crianças à Cidade

 18 de Outubro 18h na FLUP

Sala de Reuniões 1

https://www.mundossociais.com/livro/o-direito-das-criancas-a-cidade/133

Descrição

Nesta obra, os investigadores e investigadoras do Projeto CRiCity — As crianças e o seu direito à cidade: combater a desigualdade urbana através do desenho participativo de cidades amigas das crianças (PTDC/SOC-SOC/30415/2017) apresentam alguns dos estudos realizados nas cidades (e áreas metropolitanas) de Lisboa e do Porto, com vista a analisar o direito das crianças à cidade a partir de múltiplas perspetivas (estudos da infância; estudos urbanos; políticas públicas; sustentabilidade e educação) e tendo como foco os espaços públicos urbanos, com particular relevo para os espaços verdes. Os textos aqui apresentados são o resultado dos trabalhos desenvolvidos num contexto pautado por grandes disrupções e incertezas, designadamente pela crise pandémica, que trouxe também novas questões e desafios à investigação social, gerando importantes transformações nos espaços públicos urbanos.
Pretende-se contribuir para a acumulação crítica de conhecimento científico nos estudos sobre crianças e os seus modos de relação com o espaço, pensando-as na sua singularidade (a infância), mas também no sistema de desigualdades sociais em que se inserem (classe, género, etnia, território)e que as pluralizam e, frequentemente, estigmatizam.
 

 

 

 

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