O debate de ideias sobre o significado do usufruto do Tempo Livre – um tempo em que escolhemos o que fazemos – foi dinâmico, polémico, generoso e entusiasmado. Não faltaram, contudo, as perplexidades sobre as dificuldades de criar bem-estar para os mais novos.
Consideradas como cidadãos sob tutela, as crianças ficam dependentes dos adultos para fazer valer o seu direito a brincar, sobretudo ao ar livre como lembraram os participantes.
Na verdade, o paradigma dominante, no que concerne à organização de vida e do tempo das crianças, tem induzido a um aumento da pressão sobre elas, seja na Escola, em casa ou no ATL nomeadamente, prescrevendo e organizando atividades como os TPC. Mas os participantes de forma clara e assertiva não se deixam intimidar e declararam a sua solidariedade e vontade em fazer respeitar os direitos das crianças a brincar e dar opinião sobre as suas vidas.
Apelando às metodologias participativas estes profissionais afirmaram- em voz bem alta - que a criança tem muito a dizer sobre os seus quotidianos. Ou seja, em vez de serem convidadas a conformar-se com a realidade, tal qual é, são convidadas a conhecer, a descobrir através da experiência lúdico-expressiva o que de melhor a vida tem para lhes dar.
Que bom foi participar neste Seminário, que bom é saber que a 'insubmissão' é uma possibilidade educativa!
No comments:
Post a Comment