Monday, December 30, 2024

Práticas Profissionais, Tempo Livre e Saúde Ocupacional

Acaba de sair o número 9(2) da Revista EstreiaDiálogos.

Um número dedicado às Práticas Profissionais, Tempo Livre e Saúde Ocupacional

 

Ser livre é ser autodeterminado, dizia Kant, lembrando que o sujeito é sempre livre, apesar de viver acorrentado em mundos divididos e distintos. Na convicção de que a Investigação-Ação Participativa permite aventuras, revelações e transformações por esses mundos, propomos aos leitores narrativas de Práticas Profissionais, Tempo Livre e Saúde Ocupacional que não são somente um transmissor obediente do significado da investigação, mas antes nos questionam sobre a nossa identidade pessoal, social e cultural. Neste desígnio, parece necessário um conhecimento que ajude a compreender que os tempos em educação não se remetem à escolarização e nem somente à prática em sala de aula, mas também às relações e performances artísticas, de sociabilidade e solidariedade com a comunidade, em que coexistem diferentes atores e agentes ocioeducativos. Se o leitor recordar a sua própria educação, certamente se lembrará das horas de recreio, de convívio em encontros científicos, em concertos, no cinema, no teatro, numa exposição ou num museu e, assim, da imensa quantidade de aprendizagens que fez em tantos lugares outros, nos seus tempos livres (do Editorial)

 Acesso: https://www.estreiadialogos.com/c%C3%B3pia-estreiadi%C3%A1logos-n-%C2%BA-15

Wednesday, March 13, 2024

VIVER ENTRE DOIS MUNDOS : Reflexões sobre tempo livre e envelhecimento em três tópicos

 O aumento da esperança de vida é, muitas vezes, verbalizado de uma forma negativa como um drama, uma complicação... Envelhecimento e declínio andam a par em quase todos os discursos mediáticos, levando a pensar que ficar mais velho é negativo, é perder competitividade e recusar tudo o que é novo (Araújo, 2018). Desengane-se o leitor/a, já que os/as mais velhos/as são essenciais na vida das comunidades, preocupam-se com a evolução social, são atores de mudança através da sua implicação em movimentos associativos e sociais, voluntários em hospitais e outras instituições, são políticos e sindicalistas, cidadãos com grande peso eleitoral pela sua experiência de vida e muitas vezes cuidadores/as incansáveis (Deschavannne, 2010). A sua reputação de inativos/as ou pouco ativos/as – olhada a partir da idade –, configura um abuso de linguagem, na medida em que se generaliza para toda a população idosa, ignorando as especificidades pessoais e condições de vida de cada pessoa e o seu direito ao descanso, depois de uma vida de trabalho. Estas interrogações impõem que sublinhemos a importância de uma genealogia das formas assumidas pelos desejos do repouso, da tranquilidade, distração, evasão e aventura, de uma história que deixe de considerar negativas as formas de passividade e positivas as formas de atividade, por mais insignificantes que sejam, de uma história da velhice menos assustada com a improdutividade do tempo e da ociosidade (Corbin, 2001: 15). Aliás, o ócio não é não fazer nada, mas sim fazer muitas coisas diferentes daquelas que são reconhecidas pelas formulações dogmáticas da classe dominante (Stevenson: 2016). Pensar o usufruto do tempo e do espaço na velhice requer uma nova forma de pensar, sentir e agir em relação à idade e ao envelhecimento. Exige considerar acesa a chama do combate ao estereótipo, ao preconceito e à discriminação como é, aliás, proposto pela Organização Mundial de Saúde na Estratégia de Envelhecimento Saudável 2020-2030. (...)

Araújo, Maria José. "Educadores sociais". LAPLAGE EM REVISTA 6 3 (2020): 75-82. http://dx.doi.org/10.24115/s2446-6220202063934p.75-82.

INFÂNCIA, TEMPO LIVRE E LUDICIDADE

Número Temático (6) 'CADERNOS DE SOCIOLOGIA' ISUP   Brincar com balões, berlindes, bolas de sabão e tudo o que estiver à mão .      ...