Thursday, May 30, 2019

AJUDA-ME A MUDAR


Os/as educadores/as sociais que trabalham em Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL), nem sempre têm remunerações que correspondam ao trabalho que fazem, muitas vezes exercem uma profissão de salário precário, uma vez que ainda não existe reconhecimento do papel deles na sociedade. Temos de ter em atenção que esta falta de reconhecimento leva a que estes não tenham a autonomia necessária para intervir livremente nos CATL acabando muitas vezes por obedecer àquilo que lhe é proposto.
Como o próprio nome indica, CATL significa centro de atividades para o tempo livre, ou seja, nos tempos livres aproveitamos para fazemos o que queremos, sem cumprir qualquer tipo de obrigação. Neste sentido, as crianças não devem ser obrigadas a realizar os trabalhos de casa, mas sim a aproveitarem o tempo que têm para brincarem.
               Nós, enquanto futuras educadoras sociais devemos intervir nos ATL, tendo em conta a opinião das crianças, relativamente aos seus interesses. É importante que haja formação dos funcionários, dos próprios alunos da instituição e até mesmo dos pais, pois muitas vezes, estes não sabem o que são os tempos livres, o que leva a que os alunos acabem por se sujeitar às regras que lhes são impostas. Muitas vezes são desvalorizadas algumas brincadeiras das crianças, nomeadamente as brincadeiras ao ar livre, nesse sentido o/a educador/a social deve propor mais atividades realizadas ao ar livre, porque o facto de o ambiente não ser uma sala de aula leva a que seja mais propícia a aprendizagem. Outro fator fundamental é o fator família, que às vezes é posto de parte, se a criança não tiver um bom ambiente familiar não irá ter o mesmo empenho a nível escolar, para isso é importante analisar bem o caso de cada um de maneira a proporcionar o bem-estar a todos.
Neste sentido, os/as educadores/as sociais que trabalham no CATL tem um papel importante, pois podem intervir junto da instituição, para que as crianças tenham a oportunidade de participar ativamente na sua própria educação, dando-lhes a oportunidade de escolha, de decisão sobre que atividades querem realizar.
É impossível apenas uma pessoa mudar a organização de um CATL no entanto um/uma educador/a social deve fazer aquilo que está ao seu alcance para aos poucos ir mudando as regras estabelecidas pela instituição.
Ana Sousa, Ana Garrido, Filipa Neto e Luísa Serrano

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