Os/as educadores/as sociais que trabalham em Centro de Atividades de
Tempos Livres (CATL), nem sempre têm remunerações que correspondam ao trabalho
que fazem, muitas vezes exercem uma profissão de salário precário, uma vez que
ainda não existe reconhecimento do papel deles na sociedade. Temos de ter em
atenção que esta falta de reconhecimento leva a que estes não tenham a
autonomia necessária para intervir livremente nos CATL acabando muitas vezes
por obedecer àquilo que lhe é proposto.
Como o próprio nome indica, CATL significa centro de atividades para o
tempo livre, ou seja, nos tempos livres aproveitamos para fazemos o que
queremos, sem cumprir qualquer tipo de obrigação. Neste sentido, as crianças
não devem ser obrigadas a realizar os trabalhos de casa, mas sim a aproveitarem
o tempo que têm para brincarem.
Nós, enquanto futuras educadoras
sociais devemos intervir nos ATL, tendo em conta a opinião das crianças,
relativamente aos seus interesses. É importante que haja formação dos
funcionários, dos próprios alunos da instituição e até mesmo dos pais, pois
muitas vezes, estes não sabem o que são os tempos livres, o que leva a que os
alunos acabem por se sujeitar às regras que lhes são impostas. Muitas vezes são
desvalorizadas algumas brincadeiras das crianças, nomeadamente as brincadeiras
ao ar livre, nesse sentido o/a educador/a social deve propor mais atividades
realizadas ao ar livre, porque o facto de o ambiente não ser uma sala de aula
leva a que seja mais propícia a aprendizagem. Outro fator fundamental é o fator
família, que às vezes é posto de parte, se a criança não tiver um bom ambiente
familiar não irá ter o mesmo empenho a nível escolar, para isso é importante analisar
bem o caso de cada um de maneira a proporcionar o bem-estar a todos.
Neste sentido, os/as educadores/as sociais que trabalham no CATL tem um
papel importante, pois podem intervir junto da instituição, para que as
crianças tenham a oportunidade de participar ativamente na sua própria
educação, dando-lhes a oportunidade de escolha, de decisão sobre que atividades
querem realizar.
É impossível apenas uma pessoa mudar a organização de um CATL no entanto
um/uma educador/a social deve fazer aquilo que está ao seu alcance para aos
poucos ir mudando as regras estabelecidas pela instituição.
Ana Sousa, Ana Garrido, Filipa Neto e Luísa Serrano
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